domingo, 28 de novembro de 2010

Memórias

Eu estava andando pelas ruas perto de uma casa que eu costumava ficar, é estranho não poder mais entrar lá e dizer o quão quente o dia estava, saber que a coisa mais próxima que eu tinha de você acabou.
A casa estava a venda e eu queria mais do que tudo entrar lá dentro, talvez ninguém se importe. Mas ainda acho estranho, ver aquilo vazio, depois de tantos anos e tantas boas memorias e de tantas fotos que vejo em minha mente.
Tem uma foto que eu gosto, eu estava ao seu lado no sofá, e era natal. Estranho ver essa foto, ela me lembra de que você já morreu, mas eu só queria estar ao seu lado de novo, segurar sua mão ou ate te desejar um '' feliz natal ''.
Estranho o fato de já terem se passado mais se sete anos depois de sua morte, porque ainda me lembro exactamente como você era. Aaah, doce cheiro dessas flores que você planto aqui no quintal, sinto de longe. Parece aquele dia em que você me ajudou a fazer um bolo de chocolate e depois sentamos naquele banco. Aah as flores, me fazem lembrar disso.
Continuo andando pelas ruas, são tão bonitas e tão calmas. Ando pouco mais de uma hora, já estava me afastando da casa, agora estava perto do cemitério aonde você foi enterrado. Avisto de longe seu túmulo e corro para ele. Compro um buque de flores, as mesma do nosso antigo quintal. Mesmo não sendo a mesma coisa.
Aah o por do sol, estranho como ele me faz lembrar de você.
Estranho, tão estranho como todas essas pequenas coisas me fazem lembrar de você.

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