terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Perdão, Gratidão e Dor.

     Bateu na sua porta, e sem fortes intenções se acomodou na sua vida. De um jeito delicado, cuidadoso e demorado. Não se aprende com quatro anos de idade a sentir dor não é mesmo ?
     É claro, ela é constante.Não é algo ruim, dói; mas ensina a viver. Doeu quando você a notou em sua vida. E sim, dói ao pensar no que houve a longo desses anos em que estive aqui. Mas estive apenas para tentar ver de perto como é, como arde na pele e como rasga o coração. DOR. Diga alto, dê enfase a ela. Sente na hora em que ela se propaga pelo seu corpo no silêncio de uma lágrima que escorre pelo canto dos seus olhos.
    Mas do jeito que vem, ela vai. Traz sensações novas. 
    Me ensinou a perdoar. Duma maneira que abriu meus olhos, quando vi que um jeito de torna-la ausente era com o perdão. Me tornando melhor.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012


E eu fico a observar a luz se apagar, o povo a caminhar... Assisto com calma a solidão se esvaziando, caindo num buraco onde o que me fazia sorrir hoje fica longe no meu olhar. Fico me vendo de longe, me vendo mudar, e as coisas mudarem junto, vejo com olhos fixos na multidão o brilho dos olhos de cada um se apagar. Assisto cautelosamente a dança de hábitos que mudam, a simplicidade da vida na sua maneira natural de acontecer. De ver tudo transparecer.
Mas legal mesmo é me ver mudar assim, de perto. Quando fico comigo mesma e me vejo indo embora... quando sei que mudei, quando vejo isso claramente e, mesmo que as vezes com a mudança venha algumas perdas eu continuou a sorrir. Mesmo achando que tudo acaba.. tudo continua. '' Passar por coisas sofredoras na vida não significa azar, significa apenas que a vida tem sua maneira irônica de mostrar que sim, nós somos mais fortes do que tudo isso. ''

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

E quem poderia negar ? Eu?Creio que não. Pois quando me dei conta da vida, já era tarde de mais.Já estava vivendo. E o que me restou foram pequenos momentos do final.Enquanto suplicava para ficar mas um pouco, o tempo corria. E eu já estava acostumava com a vida a merce do tempo. E o tempo tá sempre correndo, sempre tão rápido.Mas eu, eu estava sentada numa praça em algum lugar de São Paulo, e estava vazia. Eu apenas não me recordo de sentir nada neste dia. Lembro que estava frio, o céu estava azul, meio alaranjado, o sol já iria se por… e eu normalmente me alegro com o frio. Mas neste dia meu coração estava silencioso, sem palpites nem batidas aceleradas…foram momentos antes do tempo te levar de mim. E não nego, desejo que o tempo me traga você de volta. Mesmo que seja o esgotando. Pois acho que assim seria a unica maneira de te ter novamente.Mesmo que não faça frio. Mesmo que o sol continue a raiar, com tua luz que de tão brilhante atordoa meus olhos escuros. Mesmo que eu perca todo este tempo, que a cada segunda se esgota cada vez mais e mais…E eu já não consigo mais impor condições. Sabes que te amo mas do que tudo isso.E que sinto tua falta, sinto mas do que este tempo que já já vai embora.E trocaria todos estes dias por apenas mas um ao teu lado. Um dia numa praça qual quer. Ouvindo tua doce voz, e teus pensamentos que iriam flutuar por ali… imagino como seria apenas mais um por-do-sol.

E não nego… ter isso apenas em minha mente me tortura. Me sufoca. Nem o brilho do sol, nem o céu meio alaranjado, e nem a certeza de que ainda há tempo me fariam feliz, assim como um dia você fez.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Te perder pra me encontrar;

e foi mais ou menos assim, dizia ela no final da conversa. Foi mais ou menos assim que tudo aconteceu. o jeito que tudo mudou. Foi algo tão natural que nem sei dizer ao menos como foi.
Sabe aquele tipo de coisa que toma forma com o tempo ? Diferente de acordar num dia e querer fazer diferente, mas sim fazer diferente sem nem ao menos pensar. E foi indo assim... depois de um tempo só que percebemos que as coisas realmente mudaram. E que mudança eu diria, para ter me afetado tanto assim.
Acho engraçada a maneira que a vida poem as pessoas na nossa vida. '' Uma pessoa entra na tua vida por acaso, mas não é por acaso que ela permanece ''.
E realmente, não foi por acaso que tu foi embora. Não que tenha idi por vontade própria, foi nessa mudança de planos, de lugares, de livros, de olhares; foi nestas mudanças que eu te perdi.
Mas quem diria que eu iria conseguir achar meu caminho de volta sem ti.
E, quem diria que hoje eu to aqui, com os pés no chão. Vivendo minhas vida e me encontrando cada vez mais. E mesmo te perdendo assim, eu sei que te encontro as vezes.
As vezes quando o sol tá brilhando, o o céu tá azul, e as árvores verdes. As vezes quando tu tá pelo mesmo caminho que eu, e a gente nem sabe... mas a gente se encontra por ai. Pode deixar que a vida ainda vai nos colocar juntos novamente, mas tudo ao seu tempo.
Quando tiver que ser, sera. E até lá a gente vai vivendo.

sábado, 7 de julho de 2012

Pior fase da minha vida.

(pelo menos até onde eu vivi)
E lá se vai mais uma tarde cinza em São Paulo, o metrô está cheio e sinto que vou pegar uma leve chuva até chega em casa. Mas já não ligo mais para o tempo, nem para as pessoas. E é triste essa indiferença que foi se gerando através do tempo. Se lembra menino, quando eu observava as pessoas calmamente, quando me irritava com a chuva e quando o frio me parecia bom. Mas hoje já está tudo tão normal.
E isso de ser normal me incomoda. Antes eu costumava sentir mais. Viver mais, e sorrir mais.
Eu era mais na minha, e não que ter mudado isso seja ruim, mas o jeito com que levei tudo isso.
Ter me ferido. E eu tenho deixado essa ferida aberta. E assim a abrindo mais e mais.
Quem sabe uma hora deixa de doer, pois já vai ter ocupado todo espaço em meu corpo. Ai a dor já seria tão usual que eu não iria mais me incomodar.
Mas essa sera a pior fase da minha vida.
Eu vou me machucar. Me ferir. Me doer. E não vou achar estranho.
O dia que em a dor se tornar parte de mim, e eu não souber mais como é vital amar alguém, quando eu passar a ignorar o azul do céu, quando não souber mais ver um nascer do sol com calma. Nem admirar a beleza do crepúsculo, pois estarei ocupada com meus afazeres. Essa sera a pior fase da minha vida. A fase em que meu coração congela. O tempo em que eu deixo de sentir com o coração, e volto a sentir com a mente. Sei que ira me fazer mal.
E sei que estou vivendo isso agora.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

E na dor achei uma continuidade para minha vida. Mesmo no meio do sofrimento eu achei um pouco de luz.
Um pouco de esperança; e mesmo pouca é o que me faz continuar. E é por isso que eu ainda to aqui.
Não to no caminho mais certo. E sei que eu falho bastante.
Mas eu to aqui ao menos.
Continuo de pé. Mesmo achando que vou fraquejar de novo.
Eu continuo tentando. E caso hoje eu não consiga,
amanha é outro dia, amanha eu tento de novo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Enquanto não vai;

enquanto tu não foges, enquanto tu não re-encontra teu caminho que, no meio de tanta solidão, perdeu-se. Enquanto tu não vai, fique.
Não suplico. Nem preciso também. Eu apenas quero um pouco mais da tua companhia. 
Só mais um pouco, para que eu possa me lembrar dela para toda a eternidade.
Só mais um sorriso no canto do resto. Mas um daquele teu olhar.
E menino, só mais um fim de tarde ao teu lado e eu juro que serei feliz sempre que lembrar de ti.
Mesmo na saudade, na raiva e na angústia. Até mesmo na perdição.
Sinto que quero mas uma lembrança ao teu lado.
Antes que seja tarde.
Antes que vá embora. 
E na rotina eu venho perdendo antigos hábitos.
Como o de meditar..
E acho que é o que mais me faz falta.
Escrever também, sempre me fez falta. Mesmo na sua continuidade. Eu sentia falta de ter alguém para escrever. Pois o que tenho para mim guardo em meu coração.
E na escrita, libertava meus sentimentos para outro alguém que não alcançava um canto sombrio em mim.
O canto em que guardava tudo o que sentia. Tudo o que pensava.
Tudo o que eu nunca soube decifrar... bom, então, eu escrevia.
E quando dedicava minhas palavras para alguém é como se essa pessoa continuasse o texto.
Sem demandas.
Sem medo. E sem padrões.
Apenas sentimentos, e bem, isso me faz falta.