sábado, 7 de maio de 2011

Desejei estagnar minha mente. Não ver nada, não pensar em nada. Não ser. Mas ao tocar um desejo parece-me que tudo se vira contra ele. Do um ao um milhão. É rápido. Passa rápido. Eu via luzes, pessoas felizes aonde não tinha nada. Não tinha sentimento. Tinha um vazio. Havia jogos para serem jogados mas não havia pessoas para jogarem. Não tinha vida. Ou pelo menos eu não via. Talvez estivesse cega. O desejo do nada era maior. Só um segundo, por favor. Não me deixe ser. Mas ninguém escuta. Ouve e ignora. Ri. Fingi que não é com você. Me cansa essa mesmice de que tudo é. E é sempre assim. Tem sempre que ser alguma coisa. Eu queria não ser, só um pouco eu queria não ser nada. Ser o vento talvez. A luz. Ser o tudo e o nada. Mas eu não sou o que desejo ser. Ou tento desejar. Não sou. Mas sempre sou.

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