domingo, 17 de julho de 2011

Amargo céu.

Não gostava de reclamar da dor, por mais que ela tenha sido constante em minha vida. Só não reclama para não me concentrar mais nela, pois sabia que assim iria sofrer mais. Mas foi inevitável não dizer sobre a Dor naquela tarde de domingo no parque. Quer dizer, eu estava feliz, estava bem... nada que pudesse dar errado. Acho que foi quando eu senti o gosto do céu, era amargo e me fez querer chorar enquanto eu mesma me via me apegando a grama, que crescia e morria tão rápido. Foi ai que meu coração apertou pois sabia que estava me apegando a uma coisa que logo logo iria partir para longe. E foi ai que eu chorei. Chorei pelo amargo do céu, pelo tempo que corria rápido de mais, pela grama e por você querido. Pois me pareceu naquela tarde que não sentira o gosto do céu, que apenas sorria enquanto me ouvia falar. E não sei porque sorria, mas chorei pois queria ficar para sempre lá. Por mais que doesse meu coração, minha mente estava limpa. Todos os sonhos estavam correndo em direção as árvores e meus desejos tinham ido em bora junto com o sol. E o meu eu estava completo em minha mente. Parou de doer depois de um tempo, o gosto do céu na minha boca já não era o mesmo... e o que eu sentia, eu já não conseguia mais me concentrar no que sentia. E pois bem, acho que até agora não consigo.

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