quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

'' [...] ela aprendera a ter coragem de ter fé. Muita coragem, fé em que ? Na própria fé, que a fé pode ser um grande susto, pode significar cair no abismo. '' Clarice Lispector
 
Não gosto de usar mais '' ela ''. Diga em voz alta; eu mesma. Eu mesma segui só. Vi, vivi, escrevi. E hoje re escrevo minhas palavras em relação a você. E em relação a mim mesma. Cansei de tantos '' talvezes '' e do jeito que eles me faziam cair. Mesmo ainda com esse gostinho na boca, de tudo que eu deixei para mim mesma. Com esse gosto amargo de fé. Fé que não cabe mais de tanto que acredita. Fé que tinha que sair, mesmo me fazendo cair de novo; tinha que sair da minha alma. Por favor. Por mim, deixe que tudo saia pois quando sai... sei que entrará de novo e talvez com menas crenças. Apenas a fé; crua e nua. Que essa fé me ensine a viver realmente só. Mas uma solidão cheia de doces. Uma solidão que não me faça só. Apenas que me faça viver sem tantos '' talvezes ''. Que seja com mais certezas. Ou que só seja. Só ser já me faz feliz. Só. Ser. Fragmentando o meu ser só até se tornar varias partes de mim. E que voltem a ser uma só. E quando voltar, não haverá mais sofrimento. Nem solidão; nem nada que não seja doce. 

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